Um dos primeiros casos que atendi, lá na década de 90, foi uma das maiores concordatas da época, cujo montante beirava a US$ 100 milhões, e foi a inspiração para fundar a HSA Soluções em Finanças S/A.
A frase que intitula esse texto é de um dos diretores mais antigos da empresa, e é a realidade que ainda vejo na maioria dos casos de reestruturação de dívidas que atendemos nesses 26 anos de HSA.
Mas o mais importante é a explicação que precedeu essa frase.
Disse-me ele: “Lazar, se não tivéssemos aceitado as condições de renegociação que a maioria dos credores nos impôs, e não pudemos cumprir, jamais teríamos impetrado esse pedido de concordata.
Aceitamos as “renegociações” com base no coração, na vergonha, em nome da parceria passada, por medo, por intuição, por otimismo, etc… Mas em nenhum momento conduzimos as renegociações com base na real capacidade de pagamento da companhia, e na análise criteriosa dos credores, seja em relação aos valores acordados, condições de pagamento ou mesmo reciprocidade desses mesmos credores a todos os nossos “sentimentos”.
Por isso hoje estamos em concordata, para descumprir tudo o que nos foi imposto”
Essa é uma lição inesquecível. Não teve universidade, MBA, pai ou mentor que tenha me dado esse ensinamento.